Variação espaço-temporal da dinâmica da biomassa arbórea em fragmentos de floresta estacional do norte fluminense, rj

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Igor Santiago Broggio Dora Maria Villela José UENF Ecologia e Recursos Naturais Mestrado 28 de Fevereiro de 2018
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Flora, Desmatamento, Efeito de borda, Floresta Metrodorea nigra A.St.-Hil., Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P.Lewis & M.P.Lima, Astronium concinnum Schott NA São Francisco de Itabapoana
Tags Trabalho completo
| Bioesfera | Litosfera | Escoamento superficial | Infiltração | Evapotranspiração | Interceptação | Solo | Bioma | Social | Natural | Acessar
Resumo

As florestas tropicais possuem importante papel no estoque, ciclagem e assimilação do carbono contido em sua biomassa. Todavia esses processos podem ser influenciados pelo clima e pela fragmentação, podendo transformar essas florestas de sumidouro a fonte de carbono. O presente estudo avaliou a comunidade arbórea e a dinâmica espaço-temporal da biomassa arbórea acima do solo (BAS) de florestas estacionais semideciduais (FES) de tabuleiro, em por período de 9 anos (2007 – 2016). Foram testadas as hipóteses de que existie um incremento na densidade de indivíduos arbóreos, na área basal total e na BAS ao longo do tempo e para BAS de acordo com o aumento do tamanho dos fragmentos. Foram utilizados dados de estrutura da vegetação de seis fragmentos de FES coletados entre 2007 e 2010, cujos dados foram novamente levantados em 2016 através da remedição de árvores em 5 parcelas de 20 m por 20 m em cada fragmento. Não foram evidenciadas alterações ao longo do tempo amostrado na densidade de indivíduos, sendo de 1410 ± 40 N ha-1 a 1820 ± 119 N ha-1 (tempo 1), 1345 ± 66 N ha-1 a 1880 ± 89 N ha-1 (tempo 2) ou na área basal total, que foi de 19,83 ± 4,27 m2 ha-1 a 28,03 ± 4,18 m2 ha-1 (tempo 1) e 18,07 ± 3,43 m2 ha-1 a 28,88 ± 6,06 m2 ha-1 (tempo 2). O estoque total de BAS também não diferiu, estimada em 139,20 ± 11,63 Mg ha-1 a 246,69 ± 66,25 Mg ha-1 (tempo 1) e de 137,85 ± 20,42 Mg ha-1 a 196,95 ± 17,49 Mg ha-1 (tempo 2). As taxas de perda e ganho de BAS e recrutamento e mortalidade de árvores não diferiram de uma forma geral, não acarretando diferenças significativas no estoque de BAS total dos fragmentos entre os tempos avaliados. Não foi observada relação entre o estoque de BAS e tamanho dos fragmentos para o tempo 2. O estoque de BAS dos fragmentos de FES de tabuleiro do norte fluminense concentrou-se nas maiores árvores, >25 cm de DAP (37,39 % tempo 1 e 38,53 % tempo 2), na categoria das secundárias tardias (58,82 % tempo 1; 62,20 % tempo 2) e na dominância de algumas espécies, como por exemplo, Metrodorea nigra A.St.-Hil., Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P.Lewis & M.P.Lima e Astronium concinnum Schott. Em conclusão, as hipóteses de aumento de BAS com o tempo e entre o tamanho dos fragmentos foram rejeitadas. Tal fato pode estar relacionado a uma baixa precipitação no período após o primeiro levantamento (2010 a 2015), sugerindo que essa seca que pode ter afetado o crescimento das árvores, e ao grau de degradação dos fragmentos, mas não a diferença entre fragmentos.

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