Riqueza e abundância de espécies arbóreas ameaçadas de extinção em florestas estacionais semideciduais do norte/noroeste fluminense

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Mariana Alves Faitanin Marcelo Trindade Nascimento UENF Ecologia e Recursos Naturais Mestrado 28 de Março de 2018
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Flora, Desmatamento, Floresta Melicoccus oliviformis subsp. intermedius, Trigoniodendron spiritusanctense, Paratecoma peroba; Melanoxylum brauna, Melanopsidium nigrum NA Campos dos Goytacazes, Cardoso Moreira, São Francisco do Itabapoana, Cambuci, Itaperuna, Miracema, Natividade, São José de Ubá
Tags Trabalho completo
| Bioesfera | Escoamento superficial | Infiltração | Evapotranspiração | Interceptação | Solo | Bioma | Social | Natural | Acessar
Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar a ocorrência, a abundância e a estrutura populacional de espécies arbóreas raras e/ ou ameaçadas de extinção em fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual (FES) no norte do estado do Rio de Janeiro e responder as seguintes perguntas: 1) a riqueza e abundância de espécies ameaçadas difere entre as FES de Terras baixas e Submontanas? e 2) a riqueza e abundância de espécies ameaçadas está relacionada ao tamanho dos fragmentos florestais? Para a avaliação da ocorrência de espécies arbóreas ameaçadas nos diferentes tipos fisionômicos de FES, foram realizadas consultas as bases da Flora do Brasil e do CNCFlora e confrontada com base de dados DRYFLOR para a realização de avaliação quantitativa das espécies ameaçadas nas FES do norte/noroeste fluminense. Enquanto que para a avaliação da estrutura populacional de seis espécies raras e/ou ameaçadas na Estação Ecológica Estadual de Guaxindiba (EEEG), foram realizadas coletados no campo em oito parcelas de 10 x 250 m (jovens e adultos) e oito de 1,5 x 250 m (plântulas) inseridas no modulo PPBio/MA. A riqueza das espécies ameaçadas não apresentou relação significativa com a distância da costa (p= 0,2, R²= 0,04) e nem com tamanho do fragmento (p= 0,2; R²= 0,07), entretanto, quando analisado esta relação por espécie, apenas o Trigoniodendron spiritusanctense mostrou relação negativa e significativa entre a densidade e a distância da costa (p<0,05, R²= 0,363). Em relação a densidade total das espécies ameaçadas ocorreu uma relação positiva e significativa (p<0,05) com o tamanho do fragmento, mas essa relação não existiu quando analisada para as espécies separadamente. Foi encontrado um total de 783 indivíduos (567 ind/ha) das seis espécies raras e/ou ameaçadas estudadas na EEEG, sendo que 14,4% adultos, 49,2% jovens e 35.5% plântula. Para Melicoccus oliviformis subsp. intermedius foi observada maiores valores de densidade nas três categorias analisadas, enquanto que Trigoniodendron spiritusanctense foi verificado uma alta densidade nas categoria jovem e plântula. Paratecoma peroba apresentou alta densidade apenas para categoria adulta. Não foi amostrada nenhuma plântula das espécies Melanoxylum brauna e Melanopsidium nigrum. Em conclusão, as hipóteses foram refutadas quando comparados à riqueza e a densidade das espécies ameaçadas em relação à distância da costa e tamanho do fragmento. Porém, quando avaliada a estrutura populacional das seis espécies estudadas foi observado, conforme o esperado que as espécies não estão apresentando problemas de regeneração e/ou estabelecimento.

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