Ingestão de resíduos sólidos por peixes e cetáceos costeiros no Norte do estado do Rio de Janeiro, Brasil

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Ariane da Silva Oliveira Ana Paula Madeira Di Beneditto UENF Ecologia e Recursos Naturais Mestrado 3 de Julho de 2019
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Fauna, Plástico Trichiurus lepturus; Genidens barbus, Aspistor luniscutis e Bagre bagre, agrupados como família Ariidae; Sotalia guianensis; Pontoporia blainvillei NA São João da Barra
Tags Trabalho completo
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Resumo

O presente estudo descreveu a presença de resíduos sólidos de origem antropogênica em conteúdos estomacais de peixes e cetáceos carnívoros que ocorrem na costa norte do estado do Rio de Janeiro. Pretende-se averiguar se a área de alimentação preferencial ao longo da coluna d’água tem influência na vulnerabilidade de ingestão de resíduos sólidos, dessa forma, verificar a hipótese de que animais que se alimentam próximo ao fundo têm maior probabilidade de ingerir resíduos se comparados àqueles que se alimentam próximo à superfície. As análises consideraram o peixe de hábito alimentar pelágico Trichiurus lepturus, os peixes demersais Genidens barbus, Aspistor luniscutis e Bagre bagre, agrupados como família Ariidae, e os pequenos cetáceos Sotalia guianensis, de hábito alimentar preferencialmente pelágico, e Pontoporia blainvillei, considerado consumidor pelágico demersal. Considerando todos os conteúdos estomacais analisados (n= 596), apenas 22 (3,7%) continham resíduos sólidos. O tipo de resíduo mais frequente foram os plásticos. A quantidade de resíduos em cada conteúdo estomacal foi baixa (≤ 3), e suas dimensões (comprimento e área) variaram tanto entre espécimes do mesmo grupo de carnívoro quanto entre os carnívoros estudados. O cetáceo P. blainvillei apresentou o maior percentual de ingestão de resíduos sólidos, enquanto T. lepturus, peixes da família Ariidae e S. guianesis apresentaram valores semelhantes entre si quanto à frequência de ingestão de resíduos. O local de alimentação preferencial na coluna de água não é o único fator que influência a vulnerabilidade dos consumidores carnívoros à ingestão de resíduos sólidos no norte do estado do Rio de Janeiro. A probabilidade de ingestão parece estar mais associada a estratégias de captura de presas (ou comportamento alimentar), independente da disponibilidade dos resíduos sólidos em seu local de alimentação.

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