Ocorrência de Compostos Orgânicos Emergentes (COE) e avaliação da atividade estrogênica em águas superficiais e tratadas de Campos dos Goytacazes, RJ

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Thayana Paranhos Portal Maria Cristina Canela UENF Ciências Naturais Mestrado 26 de Novembro de 2018
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Qualidade da água, Fármacos, Hormônios, Agrotóxicos, Contaminantes industriais NA Nonilfenol, Atrazina, Simazina, Bisfenol A, 17-etinilestradiol, Cafeína, Triclosan Campos dos Goytacazes
Tags Trabalho completo
| Hidrosfera | Escoamento superficial | Rede hídrica | Econômica | Social | Acessar
Resumo

Os Rios Paraíba do Sul e Itabapoana são importantes mananciais que cortam as regiões do Norte Fluminense, passando por áreas de atividades agrícolas, urbanas e industriais. O crescimento populacional acompanhado das atividades antrópicas tem resultado em um aumento da demanda de produtos industrializados, principalmente por compostos orgânicos emergentes que tem como principal destino final, os mananciais hídricos. A contaminação destes ambientes ocorre através da falta de saneamento básico e descarte sem tratamento de águas residuais e atividades desenvolvidas nas margens destes corpos hídricos, refletindo na qualidade da água captada para distribuição da população. Nesse sentido, esse estudo busca avaliar a presença de importantes compostos orgânicos (nonilfenol, atrazina, simazina, bisfenol A, 17-etinilestradiol, cafeína e triclosan) que apresentam maior ocorrência em águas naturais e representam maior impacto para o ambiente e/ou saúde humana. Esses compostos incluem fármacos, hormônios, agrotóxicos e contaminantes industriais. Para o monitoramento desses compostos orgânicos foi usada a técnica de Extração em Fase Sólida (SPE do inglês Solid Phase Extraction) e para análise, a Cromatografia a Gás acoplada à Espectrometria de Massas (GC-MS do inglês Gas Chromatography coupled to Mass Spectrometry). As amostras foram submetidas ao Teste de estrogenicidade YES para avaliar se pode haver risco no consumo desses compostos para a saúde humana. Os resultados mostraram que todos os compostos analisados foram detectados em pelo menos uma amostra, onde os mais frequentemente detectados foram Cafeína (75,0%), Nonilfenol (78,6%) e Bisfenol A (78,6%). A cafeína (marcador químico de contaminação por esgoto) apresentou concentrações variando entre (76,7 a 1.781,8 ng L-1). Com relação à atividade estrogênica, em 83% de amostras brutas do Rio Paraíba do Sul observou-se atividade estrogênica positiva com valores que variaram de 0,3 a 3,5 EQ E2 ng L-1. Em alguns casos, foram identificados valores maiores de potencial estrogênico em amostras de águas tratadas do que nas brutas, o qual pode estar relacionado à formação de subprodutos durante a etapa de desinfecção nas ETA. Sendo assim, este trabalho apresenta a alta ocorrência de compostos não legislados em águas de mananciais que não são eficientemente removidos após o tratamento e fazem da água potável, uma água que não está totalmente livre de contaminantes químicos.

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