O processo de formação dos acampamentos e seus impactos no processo de desenvolvimento dos assentamentos de reforma agrária na região Norte Fluminense
Autor | Orientador | Instituição | Programa | Nível do Programa | Data da defesa |
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Diego Carvalhar Belo | Marcos Antônio Pedlowski | UENF | Políticas Sociais | Mestrado | 25 de Abril de 2012 |
Descrição Livre | Espécie | Substância Química | Localização |
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Agricultura, Agricultura familiar | NA | NA | Cardoso Moreira |
Tags | Trabalho completo |
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| Bioesfera | Hidrosfera | Escoamento superficial | Infiltração | Evapotranspiração | Interceptação | Rede hídrica | Solo | Bioma | Política | Social | Cultural | | Acessar |
Resumo |
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A forma mais notória de resistência camponesa existente atualmente na América Latina é a dos acampamentos criados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil. Esta nova forma de luta camponesa remonta à criação do MST, em 1985. Desde a sua fundação, o MST adotou uma abordagem abrangente na luta pela terra com base em ocupações de grandes propriedades improdutivas. Como resultado, o MST também tem trabalhado em questões relacionadas tanto a viabilidade dos assentamentos de reforma agrária quanto na reprodução social dos assentados. O objetivo principal deste estudo foi de melhorar a compreensão sobre as dinâmicas estabelecidas dentro dos acampamentos do MST e seus efeitos sobre a formação e desenvolvimento de assentamentos de reforma agrária. O esforço de coleta de dados foi direcionado para obter informações sobre as experiências cotidianas dos assentados durante o período de acampamento e seu potencial impacto sobre a organização social nos assentamentos recém-criados. Este estudo também procurou verificar a prevalência de atividades coletivamente organizadas nos assentamentos para verificar uma possível relação com as experiências ocorridas dentro dos acampamentos. A área de estudo foi composta por dois assentamentos criados pelo MST (Francisco Julião e Chico Mendes) que estão localizados em Cardoso Moreira, município situado na porção norte do estado do Rio de Janeiro. A metodologia consistiu na aplicação de uma entrevista estruturada para uma amostra aleatória de assentados e líderes comunitários para reconstruir suas experiências pessoais dentro dos acampamentos. A análise dos dados mostrou que os acampamentos tiveram um papel importante no nível de engajamento político dos assentados. Como resultado do engajamento na luta pela terra, a maioria dos indivíduos foram capazes de dar maior valor em formas coletivas de raciocínio depois de receber seu pedaço de terra. Os dados também reforçam que as redes de interdependência e conflito foram construídas a partir das experiências e dos vínculos sociais criados nos acampamentos. No entanto, havia também indícios de luta política por causa de divergências sobre as formas de alocação de terra e trabalho. Finalmente, este estudo conclui que os acampamentos do MST são um importante espaço pedagógico para os indivíduos envolvidos na luta pela reforma agrária no Brasil. |