A expansão da monocultura de eucalipto no Noroeste Fluminense e seu potencial para a geração de conflitos socioambientais

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Filipe Correia Duarte Marcos Antônio Pedlowski UENF Políticas Sociais Mestrado 10 de Maio de 2012
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Agricultura, Monocultura Eucalipto NA Miracema, Varre-Sai
Tags Trabalho completo
| Bioesfera | Hidrosfera | Escoamento superficial | Infiltração | Evapotranspiração | Interceptação | Rede hídrica | Solo | Bioma | Econômica | Natural | Escoamento fluvial | Acessar
Resumo

Este trabalho discute o cenário ainda recente de ocupação da região Noroeste Fluminense pela monocultura do eucalipto, buscando verificar se o crescimento das áreas de plantio tem provocado modificações no ordenamento sócio-territorial da região, e como a expansão dos cultivos está sendo assimilada pelos diferentes atores sociais envolvidos neste processo. Nesse sentido, a pesquisa buscou descrever de que maneira vem ocorrendo à expansão dos plantios, sendo realizado um estudo de caso nos municípios de Miracema e Varre-Sai, possibilitando assim identificar os fatores que estimularam o crescimento da área plantada e as possíveis transformações socioeconômicas ocorridas no espaço regional. Deste modo, a pesquisa também retrata as distintas alianças e o processo de construção e execução das diferentes estratégias em torno da tentativa de expansão deste tipo de monocultura no Noroeste Fluminense. Para tanto, a coleta dos dados e sua análise se deram a partir da realização de um mapeamento da localização dos plantios, na aplicação de questionários com proprietários rurais que estão investindo nesse tipo de atividade, na realização de entrevistas semi-estruturadas com indivíduos vinculados a expansão da monocultura, e na análise de fontes documentais. Os resultados obtidos mostram que desde 2001 o governo estadual do Rio de Janeiro, em parceria com diferentes atores econômicos, vem adotando uma série de medidas visando expandir a monocultura de eucalipto no território Fluminense, evidenciando uma ampla gama de interesses, provocando conflitos ambientais em diferentes escalas geográficas. E apontam que os plantios vêm se expandindo entre os proprietários de terra capitalizados, em áreas antes ocupadas por atividades tradicionais, e sem que haja o cumprimento das exigências legais.

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