A Terra passa por mudanças climáticas bruscas em consequência de ações antropogênicas que liberam gases responsáveis pela intensificação do efeito estufa, necessitando a urgência de modificações de ações enquanto sociedade, promovendo saúde social-ambiental. O ambiente aquático coopera para modelar a presença desses gases com a assistência de microalgas, que são micro-organismos fotossintéticos capazes de captar CO2. Porém, micro-organismos são frequentemente associados à aspectos negativos, e, somado a precária saúde de ambientes aquáticos urbanos, evidencia-se a carência de entender onde essas falhas de compreensões começam e então promover novas metodologias para o saber. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi desenvolver uma abordagem de ensino para promoveraaprendizagem demicrobiologia atreladaà problemática ambiental do efeito estufa em escolas deEnsino Fundamental nos municípios de Campos dos Goytacazes e São Fidélis, no Norte Fluminense. Primeiramente, um trabalho etnobiológico foi proposto a 125 estudantes do Ensino Fundamental II, onde foi observado um distanciamento entre entender o ambiente aquático e sua importância e se sentir agente modificador da realidade, um ato comumente descrito na literatura. Então, 24 alunos do 6º ano foram convidados a participar de oficinas pedagógicas a fim de estimular a criatividade e a construção da aprendizagem de forma atrativa, contemplando a construção de linha do tempo, montagem de aquários, criação de desenhos, apresentação de seminário e elaboração de textos. Ao final de quatro semanas, observou-se que metade deste público foi estimulado aum pensamento lógico interdisciplinar capaz de levar à crítica e reflexão de seus atos para com o ambiente natural. Dessa forma, concluiu-se que com as propostas pedagógicas adequadas ao público alvo, de modo que estes se percebam integrantes de um todo, é possível quebrar pré-conceitos e instigar o interesse pelas questões ambientais, formulando hábitos que poderão ser levados para a vida adulta. |