Santo Antônio de Pádua, localizado no noroeste do Estado do Rio de Janeiro, é um importante polo produtor de rochas ornamentais. O município de 41.312 habitantes chegou a gerar 6.000 empregos ligados ao setor. Após décadas de intensa atividade no município, sem cumprir quaisquer exigências ambientais, sociais e trabalhistas, os produtores foram obrigados a se organizarem para licenciar suas atividades. As instituições públicas em conjunto com os produtores, começaram a realizar ações para modernizar e legalizar as empresas do arranjo produtivo local - APL. Até os dias atuais, os produtores ainda encontram dificuldade em cumprir as determinações legais que a atividade exige. Essa pesquisa tem por objetivo avaliar as perspectivas dos atores que tiveram uma vivência junto ao APL em relação aos aspectos ambientais, econômicos e espaciais, buscando identificar as dificuldades que comprometem a sustentabilidade do setor. Para alcançar a meta proposta, foram realizadas revisões bibliográficas, entrevistas a diversos atores, participação em assembleias do sindicato e visitas às empresas. Já foram realizadas inúmeras pesquisas para o aprimoramento do APL, principalmente nos aspectos tecnológicos e ambientais. Mesmo havendo um movimento de união das instituições para legalizar as empresas do setor, houve uma desagregação após algumas metas alcançadas. Além disso, a grande maioria das empresas não incorporaram as inovações produzidas, apenas um seleto grupo de empresas que dominam o mercado no município. |