A perda de bens, funções e serviços ecossistêmicos, diretamente responsáveis pelo bem-estar e sustentabilidade das populações caminha na contramão do desenvolvimento pactuado pela Cúpula do Milênio até 2015, quando foi publicada a Agenda 2030 das Nações Unidas, que estabelece dezessete objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), cuja finalidade é a promoção da prosperidade para todas as populações humanas. Na busca de superar esse desafio, advoga-se que, por ser o composto químico essencial à vida em suas mais variadas formas, assim como à saúde, ao bem-estar e à prosperidade econômica das populações humanas, a água (especificamente abordada no ODS 6) seria o fator primordial não só para o alcance da sustentabilidade em níveis local, regional e global, mas também para a promoção da prosperidade, vocábulos aliados no neologismo “prosperabilidade”. No presente trabalho apresenta-se um sistema de indicadores denominado “avaliação de prosperabilidade”, especialmente desenvolvido à luz da visão sistêmica imbricada nos ODS da ONU, que combina sete dimensões da sustentabilidade, com princípios associados à gestão integrada e participativa das águas, bem de uso comum do povo brasileiro. O sistema de indicadores foi desenvolvido em nível regional, partindo do caso da RH-VIII do estado do Rio de Janeiro (Brasil) e do Distrito Regional de Nanaimo (Ilha de Vancouver, Canadá). Objetiva-se com o presente estudo aplicar a “avaliação de prosperabilidade” na RH-IX, por meio de dados secundários disponíveis em documentos técnicos e acadêmicos publicados em literatura, covalidados por dados primários de percepção ambiental de representações do Comitê de Bacias Hidrográficas da RH-IX. |