A água é um recurso natural e essencial para a vida, visto que, todos os sistemas biológicos são dependentes de água. Extensivamente explorada, a água é um importante componente do organismo humano, tem relevância social, econômica e ambiental, é matéria-prima para inúmeros processos
industriais, gera energia, faz parte do ciclo produtivo vegetal e é via de transporte, entre outras funções. Porém, os acelerados processos de crescimento e desenvolvimento da sociedade têm gerado uma constante e intensa degradação do meio ambiente, em especial dos recursos hídricos.
Um fato preocupante é que segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os recursos hídricos disponíveis para o consumo humano, não passa de um por cento das águas totais do planeta. Ou seja, se este recurso natural não for conservado as gerações futuras sofrerão com as consequências
da sua falta. Dados do MMA mostram que a ameaça da falta de água pode inviabilizar a nossa existência, podendo parecer exagero, mas não é. Os efeitos na quantidade e na qualidade da água disponível estão relacionados com o rápido crescimento da população mundial e com a concentração dessa população em megalópoles. As atividades industriais e o consumo humano vêm contribuindo para a diminuição de sua qualidade. Desde a data de 3 milênios antes de Cristo, as rochas vêm sendo empregadas com finalidades ornamentais na região da Mesopotâmia e no Egito. Elas eram utilizadas em monumentos, esculturas e todo o tipo de construção possível a época (ALENCAR, 2013). O Brasil é um grande produtor de rochas ornamentais e o setor vem se mantendo competitivo mesmo diante da crise que assola o país. Os seus principais produtores são os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro. O grande volume de perdas na lavra e no beneficiamento das rochas, estimado em cerca de 80% do material extraído, vem ocasionando graves problemas ambientais na região de Santo Antônio de Pádua – RJ, que é o foco deste estudo. Um dos problemas é a liberação no Rio Pomba e seus afluentes dos resíduos finos, em forma de efluentes, derivados do corte das rochas em serras de disco diamantado e o consumo de água que não possui nenhum tipo de dosagem. O tratamento desse efluente produz um resíduo sólido que, após as etapas de decantação e secagem, pode ser utilizado na formulação de argamassas, em cerâmica vermelha. Com intuito de avaliar os processos da cadeia produtiva de rochas ornamentais em Santo Antônio de Pádua – RJ, comparamos os processos produtivos e de tratamento dos efluentes, com os praticados em Cachoeiro de Itapemirim – ES que é um importante polo produtor de rochas no Brasil. |