Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMAs) e Dark Septate Endophytes (DSE): identificação em vegetais do Manguezal de Gargaú, São Francisco De Itabapoana-RJ (BRASIL)
Autor | Orientador | Instituição | Programa | Nível do Programa | Data da defesa |
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Thais dos Santos Alencar | Victor Barbosa Saraiva | IFF | Engenharia Ambiental | Mestrado | 26 de Outubro de 2016 |
Descrição Livre | Espécie | Substância Química | Localização |
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Manguezal | Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMAs) e Dark Septate Endophytes (DSE) | Metais, Hidrocarbonetos | São Francisco de Itabapoana |
Tags | Trabalho completo |
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| Bioesfera | Hidrosfera | Escoamento superficial | Rede hídrica | Solo | Bioma | Social | Natural | | Acessar |
Resumo |
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Embora o manguezal seja um ecossistema com grande produtividade e importância, está vulnerável a diversos impactos como o aporte de contaminantes. Metais pesados e hidrocarbonetos de petróleo estão entre os que mais ameaçam o funcionamento e equilíbrio de manguezais. Características de seu sedimento e sua localização costeira contribuem para retenção e deposição destes poluentes. Este trabalho apresenta uma revisão sobre manguezais, sua importância e contaminação por metais pesados e hidrocarbonetos de petróleo (artigo científico I). O segundo artigo que compõe esta dissertação buscou investigar a ocorrência de Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMAs) e Dark Septate Endophytes (DSE) em associação com vegetais do manguezal de Gargaú, São Francisco de Itabapoana, RJ. A literatura científica tem relatado a importância destes fungos na sobrevivência de plantas em locais com metais e hidrocarbonetos e também na biorremediação de locais contaminados por estes e na estabilização de metais. Pesquisas que busquem alternativas ecológicas de remediação de manguezais precisam avançar devido à importância do ecossistema e por estar sujeito à contaminação. Neste trabalho foi verificada a ocorrência destes fungos e frequência de colonização em raízes de plântulas coletadas no manguezal de Gargaú. Esporos de FMA foram separados e quantificados de amostras de sedimento coletadas. Observou-se que as raízes estavam colonizadas por FMA e DSE. A taxa de colonização por FMA foi de 18% em BF (Buraco Fundo) e de 72% em BR (Braço Rio). Em BF a taxa de colonização por DSE foi de 29% e em BR de 47%. Uma média de 6 esporos por 50 mL de solo foram encontrados em BF e de 5 em BR. Estes resultados são relevantes uma vez que poucos estudos têm sido conduzidos sobre a presença de FMA e DSE em manguezais em todo mundo. No Brasil não há relatos da ocorrência destes fungos em manguezais. Dada a importância dos mesmos em ambientes contaminados por metais e hidrocarbonetos, considera-se que os FMAs e DSE são alternativas promissoras de biorremediação em manguezais impactados, sugerindo-se que pesquisas avancem na verificação de seu potencial biorremediador e na tolerância de vegetais deste ecossistema. |