Unidade de conservação: uma proposta de uso sustentável para os manguezais do estuário do rio Paraíba do Sul, na região de Gargaú – São Francisco do Itabapoana-RJ – Brasil

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Edêmea Faria Carlos da Rocha Maria Inês Paes Ferreira IFF Engenharia Ambiental Mestrado 25 de Agosto de 2015
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Manguezal, Conhecimento tradicional NA NA São Francisco de Itabapoana
Tags Trabalho completo
| Bioesfera | Hidrosfera | Evapotranspiração | Rede hídrica | Bioma | Econômica | Social | Cultural | Natural | Escoamento fluvial | Acessar
Resumo

Os impactos negativos que ocorrem em uma bacia hidrográfica refletem-se na sua porção estuarina, comprometendo assim, a integridade dos manguezais e consequentemente os meios de sobrevivência das pessoas que se sustentam com a comercialização dos produtos desses ambientes. Embora os manguezais sejam Áreas de Preservação Permanente, os mecanismos de controle e fiscalização ainda são falhos. O manguezal do estuário do rio Paraíba do Sul, é considerado o maior do Estado do Rio de Janeiro, mas o avanço da urbanização sobre essa área protegida pode vir a comprometer tanto o manguezal quanto os usos que dele faz a população local. Justifica-se assim, a necessidade de conhecer o perfil socioeconômico e ambiental dessa população e a macrobiota da área, com o objetivo específico de contribuir com subsídios para incentivar o Poder Público a propor uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável na região do estuário, em Gargaú. Para tanto, foi realizada uma entrevista livre com uma analista ambiental do IBAMA atuante na região, a qual revelou já ter iniciado um projeto de Unidade de Conservação (UC) para esse manguezal na década de 90, que porém, por assuntos internos do Órgão, não foi concretizado. Foi também aplicado um questionário semiestruturado a trinta usuários dos recursos naturais, o qual demonstrou que os interlocutores possuem mínima escolaridade, mas reconhecem os impactos ao “mangue” e assim, concordam com a criação de uma UC na área, desde que seus direitos de acesso aos recursos (fonte de sustento), sejam mantidos, revelando ainda, laços afetivos para com o ecossistema. A macrobiota local foi apresentada a partir da percepção ambiental do grupo focal, composto por pescadores e catadoras de caranguejo (“caranguejeiras”), demonstrando pelo “conhecimento tradicional local”, uma riqueza de biodiversidade, que poderá ser investigada e confirmada em outros estudos pelo “saber perito”. Para corroborar com este trabalho, aplicou-se uma entrevista, via meio eletrônico, a pesquisadores desse estuário. As perguntas foram referentes aos impactos que ocorrem em Gargaú, às medidas mitigadoras, à macrobiota e sobre a contribuição da população local para a conservação da biodiversidade. Os pesquisadores confirmaram os impactos citados, revelaram outros e sugeriram, em sua maioria, uma efetiva fiscalização e educação ambiental com a comunidade como forma de proteção aos ecossistemas. Sob a ótica deles, a comunidade pouco contribui para a conservação dos manguezais; porém, o presente trabalho propõe-se a demonstrar o contrário.

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