Quantificação de cromo total e análises ecofisiológicas em plantas de eichhornia crassipes (mart.) solms (aguapé) dos rios Paraíba do Sul e Imbé

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Luisa Brito Paiva Marcelo Gomes da Silva UENF Ciências Naturais Mestrado 22 de Fevereiro de 2008
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Flora Eichhornia crassipes (mart.) solms (aguapé) (Vegetal) Metais pesados: Cr, Cu, Pb, Ni, Zn, Cd São José dos Campos (SP), Volta Redonda (RJ), Campos dos Goytacazes (RJ)
Tags Trabalho completo
| Bioesfera | Evapotranspiração | Interceptação | Bioma | Clima | Econômica | Natural | Acessar
Resumo

O rio Paraíba do Sul (RPS) tem um papel decisivo no Estado do Rio de Janeiro, abastecendo de água cerca de 80% da população e recebendo efluentes industriais e urbanos. Na composição desses efluentes estão presentes alguns metais pesados, como o Cr. Devido ao grande uso desse elemento (mais especificamente na sua forma Cr+6) pelo setor siderúrgico, faz-se necessária a detecção dessa forma química. Tal íon metálico é o estado de oxidação mais tóxico do Cr, o que coloca em risco as espécies animais e vegetais relacionados ao rio. O presente trabalho objetivou a determinação da concentração de cromo total e hexavalente em plantas de Eichhornia crassipes. Esta espécie vegetal, presente em grande quantidade no RPS e com alta capacidade de acumular metais pesados sem comprometer seu metabolismo, permite seu próprio uso na avaliação de contaminação do ambiente. As plantas foram coletadas nas regiões do alto, médio e baixo RPS e no rio Imbé (considerado como ambiente controle). Separadas as suas partes (raízes e partes aéreas), as análises foram conduzidas em espectrofotômetro de absorção atômica (120 Varian Techtron). Foi possível quantificar Cr total nas amostras, entretanto a obtenção dos resultados para Cr+6 esbarrou na alta presença de Fe (principal interferente do Cr+6) dessas amostras. Para tanto, foi necessário estabelecer o limite inferior de detecção de Cr+6 na presença de Fe. Com essa finalidade, foram preparadas misturas de soluções padrões de Fe+3 em diferentes concentrações e uma solução de 0,5 ppm de Cr+6 em 1,5-DFC. A partir dos resultados obtidos, foi conduzido um experimento em casa de vegetação, no qual as plantas citadas foram cultivadas durante um período de quatro dias em soluções de Cr+6 e Cr+3 nas concentrações de 1 e 10 mM. Análises ecofisiológicas de trocas gasosas, emissão de fluorescência da clorofila a e conteúdo dos pigmento fotossintéticos foram feitas em indivíduos adultos de aguapé. Os resultados mostraram que as concentrações de Cr total foram maiores para as raízes que para as partes aéreas quando se utilizou a forma hexavalente do Cr. Os espectros obtidos no Uv-Visível para as mostras tratadas com Cr+3 foram claramente diferentes daqueles obtidos para o Cr+6. As análise ecofisiológicas mostraram que a presença de Cr+3 nas concentrações de 1 e 10 mM foi capaz de estimular a assimilação fotossintética, evapotranspiração e condutância estomática nas plantas analisadas em 2 dias de experimento. Porém as plantas expostas a Cr+6 1 e 10 mM sofreram queda nos parâmetros fotossintéticos avaliados para o mesmo tempo de exposição ao metal pesado. Quando analisadas em 4 dias, as plantas do tratamento com Cr+3 1 e 10 mM e Cr+6 1mM apresentam queda dos parâmetros supracitados em relação às plantas controle. Ao final do experimento os indivíduos expostos a Cr+6 10 mM encontravam-se bastate necrosados de forma que os resultados não foram mostrados.

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