A Zona Costeira abriga um mosaico de ecossistemas de alta relevância ambiental, pois possui uma grande diversidade, é marcada pela transição dos ecossistemas terrestres e marinho, com interações que lhe conferem um caráter de fragilidade. Além disso, a maior parte da população mundial vive nestas zonas, onde há uma tendência permanente ao aumento da concentração demográfica. (MMA, 2003). Corpos d’água costeiros incluem uma grande variedade de sistemas como estuários, baías, fiords e lagunas, estas últimas cobrindo 13% das áreas costeiras em todo mundo. (OLIVEIRA e KJERFVE, 1993). As lagoas costeiras são ecossistemas que ocorrem ao longo de toda a costa brasileira, sendo que o maior número delas é encontrado nos Estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do sul. Podem-se considerar as lagoas costeiras brasileiras como um dos ecossistemas aquáticos continentais mais representativos do país. São ecossistemas cujo tamanho varia desde pequenas depressões, preenchidas com água da chuva e/ou do mar, de caráter temporário, até corpos d’água de grandes extensões como a lagoa dos Patos (RS) (ESTEVES, 1998). O instrumento para a conservação e proteção a criação de Unidades de Conservação (UC) no Brasil, regulamentada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), torna-se um mecanismo para minimizar os impactos sobre os corpos d'água, em consequência dos usos e ocupação praticados pelo homem. Neste contexto, a presente pesquisa inicialmente apresenta um panorama de Lagoas costeiras que encontram-se sobre diferentes regimes de proteção e após por meio de estudo técnico elaborou-se um panorama atual da Lagoa de Carapebus. |