Estratégias pró-preservação do domínio das ilhas fluviais do rio Paraíba do Sul diante da UHE Itaocara - Rio de Janeiro: uma perspectiva no âmbito da valoração ambiental e da mobilização social

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Thiago Caetano da Silva Berriel Rodrigo Valente Serra IFF Engenharia Ambiental Mestrado 31 de Dezembro de 2010
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Energia hidrelétrica, Sedimentos, Ilhas fluviais NA NA Itaocara
Tags Trabalho completo
| Hidrosfera | Litosfera | Rede hídrica | Solo | Econômica | Natural | Escoamento fluvial | Acessar
Resumo

A implantação de hidrelétricas gera impactos de diferentes ordens. Eles podem ser sociais, ambientais e econômicos diante de toda interferência que o empreendimento acarretará para a comunidade instalada próxima à área de influência direta e indireta, constante na legislação. É importante considerar que não só as hidrelétricas de grande porte causam impactos ambientais. A implementação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s) também geram impactos significativos que serão discutidos e abordados ao decorrer desse trabalho. O rio Paraíba do Sul compreende a maior bacia hidrográfica do Estado do Rio de Janeiro. Seus médios vales (superior e inferior) possuem grande representatividade diante do produto interno bruto do país e concentram uma das mais importantes regiões econômicas da América do Sul, com grandes atividades industriais. No âmbito do setor elétrico, identifica-se uma série de empreendimentos hidrelétricos nessa bacia. Com projeto previsto para alagar áreas do Domínio das Ilhas Fluviais do Curso Médio Inferior do rio Paraíba do Sul, a UHE Itaocara, com histórico desde a década de 1980, passou por inúmeras tentativas de implementação do projeto sem êxito. Desde 2008, a iniciativa toma novo “fôlego” através do consórcio realizado entre a Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG e a Itaocara Energia LTDA do Grupo LIGHT S.A. A partir da sistematização dos impactos ambientais associados à implantação de empreendimentos hidrelétricos e da importância da atuação de movimentos sociais neste âmbito, pretende-se com este trabalho sugerir caminhos de reação, que passam pela utilização de ferramentas de mensuração/valoração, aos ditos impactos ambientais, para o caso estudado da UHE Itaocara. O levantamento de dados indica que a valoração ambiental, no âmbito da economia ecológica, deve ser utilizada e fomentada como instrumento político de tomada de decisão frente aos empreendimentos hidrelétricos. Como resultado - e reconhecendo seus limites e possibilidades - os métodos de valoração foram associados a impactos previstos com a implantação da UHE Itaocara como uma ferramenta de argumentação do movimento social diante de um Plano Estratégico diante do acompanhamento do licenciamento ambiental e das ações de mitigação, como uma iniciativa pró-preservação do DIF do rio Paraíba do Sul.

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