Estrutura da cobertura vegetal e produção de serapilheira da floresta de mangue do estuário do rio Paraíba do Sul, Estado do Rio de Janeiro, Brasil

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Elaine Bernini Carlos Eduardo de Rezende UENF Ecologia e Recursos Naturais Doutorado 29 de Fevereiro de 2008
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Flora, Serrapilheira, manguezal L. racemosa, A. germinans, R. mangle NA São João da Barra
Tags Trabalho completo
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Resumo

As alterações na cobertura vegetal, a estrutura da vegetação e a produção de serapilheira foram estudadas no manguezal do estuário do rio Paraíba do Sul, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. O mapeamento realizado por meio de imagens de satélite Landsat demonstrou uma perda de 20% na área de cobertura do manguezal entre os anos de 1986 (912 ha) e 2001 (725 ha), que foi atribuída à erosão e deposição acelerada de sedimentos, implantação de pastagem e crescimento urbano. A classificação supervisionada reconheceu três classes de mangue. Para o estudo da estrutura da vegetação utilizou-se o método de parcelas. A análise da estrutura da vegetação indicou a ocorrência de processos sucessionais na comunidade. Considerando-se os indivíduos > 1 m de altura, a altura média variou de 4,8 a 14,5 m, o DAP médio de 2,6 a 23,5 cm, a área basal de 8,8 e 46,4 m2 .ha-1 e a densidade de troncos e indivíduos de 486 a 36.400 troncos.ha-1 e 138 e 30.000 ind.ha-1, respectivamente. Houve maior contribuição em área basal na classe de diâmetro > 10,0 cm, indicando o bom desenvolvimento estrutural das florestas. Avicennia germinans (L.) Stearn. foi a espécie dominante em área basal (53%), seguida por Laguncularia racemosa (L.) Gaertn. f. (28%) e Rhizophora mangle L. (19%). Não houve padrão de zonação definido das plantas de mangue. A classificação supervisionada e a estrutura da fitocenose indicaram que a competição interespecífica pode estar influenciando a distribuição espacial das plantas de mangue na área estudada, uma vez que florestas de L. racemosa são gradualmente substituídas por A. germinans e/ou R. mangle. A produção total de serapilheira nos anos de 2005 e 2006 foi superior em R. mangle, seguida por A. germinans e L. racemosa (4,26±2,84; 3,59±3,18 e 3,58±2,91 g.m-2.dia-1, respectivamente), mas não variou entre os anos analisados. Para as três espécies, a fração folhas foi o principal componente da serapilheira (52-66%), seguida por frutos, madeira, flores e resto. A produção de serapilheira foi sazonal, com maiores valores no período chuvoso. Não houve relação entre produção de serapilheira e estrutura da vegetação. A relação entre a produção total e as variáveis ambientais pluviosidade, temperatura média do ar e velocidade do vento foi baixa. Os valores observados encontram-se dentro da faixa reportada para outros manguezais tropicais e subtropicais.

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