Ecologia e ontogenia inicial de ovos e larvas de peixes do curso médio inferior do rio paraíba do sul e dos seus tributários

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Guilherme Souza Leandro Rabello Monteiro UENF Ecologia e Recursos Naturais Doutorado 14 de Dezembro de 2015
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Fauna, Pesca Prochilodus vimboides NA Carmo (RJ), Cantagalo (RJ), Laranjal (MG)
Tags Trabalho completo
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Resumo

Os peixes potamódromos sulamericanos estão representados pelas ordens Siluriformes e Characiformes. Eles são iteróparos, se reproduzem uma única vez ao ano, e seus desenvolvimentos ovocitários são do tipo sincrônico em um grupo (as células ovocitárias existentes nos ovários maturam concomitantemente, sendo eliminadas de uma só vez durante o período de desova). No entanto, o desenvolvimento ovocitário não ocorre em um espaço curto de tempo, mas sim, em um período de dias a meses, em sincronia as mudanças dos fatores ambientais locais. Vazzoler (1996) relata a existência de sinais preditivos (gatilhos) que provocam a maturação gonadal antes de qualquer migração em sincronia com as condições ambientais. Contudo, a fase de maturação gonadal é complexa e pode variar entre as espécies. Sabe-se que determinados fatores químicos e fisícos possuem correlações positivas e negativas com o pico de abundância de ovos e larvas. Contudo, suas interações ainda não estão claras. Entretanto, é notório que a dependência entre os fatores ambientais e o processo de migração é intrínseca a ponto de influenciar a distribuição da ictiofauna (Junk et al. 1983; Savino et al. 1989). Nas condições ideais, machos e fêmeas migram na calha principal, como também ao longo dos tributários associados às planícies de inundação (Carolsfeld et al., 2003), formando imensos cardumes, nadando lado a lado, liberando seus produtos sexuais, ocorrendo a fecundação no meio liquido. Essas inúmeras particularidades, ou melhor, especificidades, necessariamente só ocorrem à luz de um ambiente lótico e com um mínimo de continuidade fluvial, caso contrário o processo reprodutivo passa a não ser efetivo. Após a fecundação desencadeia o processo de ontogenia inicial, caracterizada por uma rápida evolução morfológica e fisiológica dos embriões, larvas e juvenis (Balon, 1981; Noakes & Godin, 1988). Durante esse processo, os idivíduos passam pelas seguintes fases de desenvolvimento embrionário e larval preconizadas por Ahlstrom e Ball (1954); Kendal, Ahlstrom e Moser (c1984), modificado por Nakatani et al., 2001: clivagem inicial, embrião inicial, cauda livre, embrião final, larval vitelino, pré-flexão, lexão e juvenil. Parte dessas fases ocorre durante a deriva em meio à correnteza, e parte ocorre no ambiente propício para a alimentação e crescimento das larvas e juvenis dos peixes, nas áreas alagadas (Agostinho et al., 2003).

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