Biologia Floral e Polinização de Passifloraceae Nativas e Cultivadas na Região Norte Fluminense, RJ

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Cristine Rodrigues Benevides Maria Cristina Gaglianonea UENF Ecologia e Recursos Naturais Mestrado 16 de Maio de 2006
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Flora, Agricultura Passiflora alata, Passiflora suberosa, Passiflora malacophylla, Passiflora kermesina, Mitostemma glaziovii NA Campos dos Goytacazes, São Francisco do Itabapoana
Tags Trabalho completo
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Resumo

Este trabalho teve como objetivos apresentar um estudo comparativo da fenologia de florescimento, biologia floral e visitantes florais de Passifloraceae em fragmentos florestais e áreas de cultivo de maracujá-amarelo no norte fluminense. As espécies nativas estudadas foram Passiflora alata, Passiflora suberosa, Passiflora malacophylla, Passiflora kermesina e Mitostemma glaziovii. A espécie nas áreas de cultivo foi Passiflora edulis f. flavicarpa (maracujá-amarelo). Todas as espécies possuem antese diurna e flores com duração de um dia. Com exceção de M. glaziovii que floresceu na estação seca, as demais espécies floresceram na estação chuvosa e P. edulis f. flavicarpa apresentou dois picos de florescimento, em dezembro e abril. P. alata, P. suberosa, P. malacophylla e P. edulis f. flavicarpa são polinizadas exclusivamente por abelhas, P. kermesina por beija-flores (Trochilidae) e a espécie de borboleta Heliconius ethila narcaea e M. glaziovii por lepidópteros e abelhas. Com exceção de M. glaziovii, as demais Passifloraceae curvaram os estiletes, P. edulis f. flavicarpa e P. alata apresentam flores que curvam e que não curvam os estiletes, sendo as últimas funcionalmente masculinas. Xylocopa frontalis e Xylocopa ordinaria foram os mais efetivos polinizadores do maracujá-amarelo pela freqüência de visitas e comportamento intrafloral. Estas espécies de abelhas, além da Apis mellifera, estiveram presentes em todas as áreas de cultivo. A maior riqueza de visitantes polinizadores do maracujá-amarelo foi observada em áreas do maracujá-amarelo próximas a fragmentos florestais, fato relacionado à presença de certos grupos de visitantes florais como Centridini e Euglossini (Apidae) que dependem de áreas florestais para nidificação e alimentação. A melitofilia foi à síndrome de polinização predominante para as espécies estudadas nos fragmentos florestais. Algumas espécies de visitantes florais são compartilhadas entre plantas nativas e a cultivada, principalmente as abelhas das tribos Xylocopini, Euglossini e Centridini. A necessidade de preservação das espécies polinizadoras importantes tanto para a flora nativa como para espécies de grande valor econômico da região norte fluminense deve ser iniciada com a maior proteção dos fragmentos florestais.

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