Biocumulação de mercúrio e caracterização histológica e ultraestrutural do tecido nervoso de Hoplias malabaricus (Traíra – Bloch,1794) sob o efeito da exposição in vivo por mercúrio

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Rafaela Sampaio Gomes Carlos Eduardo Veiga de Carvalho UENF Ecologia e Recursos Naturais Mestrado 1 de Outubro de 2007
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Fauna, Lagoa Hoplias malabaricus (animal) Mercúrio Campos dos Goytacazes
Tags Trabalho completo
| Bioesfera | Hidrosfera | Escoamento superficial | Evapotranspiração | Rede hídrica | Bioma | Social | Natural | Acessar
Resumo

Estudos pretéritos em H. malabaricus revelaram a existência de contaminação ambiental por mercúrio em lagoas da região norte Fluminense, onde a lagoa do Campelo apresentou maiores concentrações de Hg no tecido muscular e hepático, enquanto a lagoa de Cima apresentou as menores concentrações deste metal. O objetivo deste estudo foi caracterizar as alterações sofridas pelo tecido nervoso de H. malabaricus frente à contaminação ambiental pelo Hg, avaliando a utilização deste tecido como bioindicador da contaminação por este metal. Amostras do tecido nervoso central foram coletadas e preparadas para microscopia de luz e eletrônica de transmissão e para a determinação de Hg total, além do tecido nervoso, também foram amostradas alíquotas de tecido muscular. Na lagoa de Cima, a concentração média de Hg no tecido muscular foi de 273,2 µg.Kg-1 e no tecido nervoso, 303,3 µg.Kg-1, enquanto na lagoa do Campelo os valores foram de 49,7 µg.Kg-1 e 415,3 µg.Kg-1, respectivamente. Quando comparadas amostras de tecido nervoso central de espécimes coletados na lagoa do Campelo com os da lagoa de Cima, foi possível observar uma descompactação tecidual e o nucléolo mais eletrondenso. A análise estrutural das amostras da lagoa do Campelo confirmou a presença destes nucléolos eletrondensos com a fragmentação da cromatina, caracterizando células apoptóticas. Estes resultados demonstram que mesmo com concentração de Hg estatisticamente semelhantes, as alterações foram observadas apenas nas amostras da lagoa do Campelo. Isto deve estar relacionado ao tempo de exposição dos indivíduos ao metal, onde indivíduos com maior tempo de exposição sofrem alterações mais evidentes. Este estudo parece indicar que o tecido nervoso de H. malabaricus é um bom indicador de contaminações ambientais pretéritas de Hg.

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