Caracterização do nível de água do baixo Estuário do Rio Paraíba do Sul, RJ

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Micaela Nicolite Carlos Eduardo Veiga de Carvalho UENF Ecologia e Recursos Naturais Mestrado 13 de Dezembro de 2007
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Vazão, Erosão Marinha, Estuário NA NA São João da Barra
Tags Trabalho completo
| Hidrosfera | Escoamento superficial | Rede hídrica | Natural | Acessar
Resumo

Medidas do nível de água do baixo estuário do rio Paraíba do Sul foram adquiridas através de um marégrafo, na localidade de Atafona, com o objetivo de verificar a influência dos processos costeiros e fluviais na oscilação do nível de água e co-oscilação da maré astronômica. Foi observado que durante os eventos de descarga fluvial baixa os níveis de água do estuário oscilam, principalmente, em função da co-oscilação da maré astronômica, que eventos de maré meteorológica podem deslocar o nível para mais ou para menos e que a descarga fluvial baixa não é suficiente para alterar o nível. Durante os períodos de descarga fluvial alta (acima da média histórica, 796 m3.s-1), o nível de água da preamar no baixo estuário se encontra dominado pela co-oscilação, enquanto que as baixa-mares são influenciadas pela descarga fluvial. Eventos de maré meteorológica podem aumentar o nível como podem abaixá-lo. Em períodos de extrema descarga (> 1500 m3.s-1), o baixo estuário passa funcionar como local intermediário, recebendo influência tanto da descarga fluvial quanto da maré astronômica nas oscilações do nível, tendo seus limites deslocados mais a jusante. Com relação aos efeitos sobre a co-oscilação da maré astronômica, em períodos de baixa descarga quase não houve modificação na onda de maré, havendo apenas alguma influência da fricção dos bancos de areia da plataforma interna, gerando uma pequena assimetria no sentido de vazante, confirmado pela relação de fase entre M2 e M4; eventos de maré meteorológica geraram fortes distorções e assimetrias, com o tempo de subida menor que o de descida, gerando correntes mais fortes no sentido de enchente, o que não pôde ser confirmado com a relação de fase entre M2 e M4, que sugeriu domínio de vazante. A descarga fluvial alta causou fortes distorções na onda de maré em períodos de quadratura e uma atenuação considerável nas amplitudes tanto de sizígia como de quadratura, com assimetrias no sentido de vazante corroboradas pela relação de fase entre M2 e M4. Neste momento a maior parte do estuário funciona como um rio não mareal.

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