Concentração e aporte de elementos da serrapilheira do manguezal do Estuário do Rio Paraíba do Sul, Estado do Rio de Janeiro, Brasil

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Lígia Macabu Ribas Carlos Eduardo de Rezende UENF Ecologia e Recursos Naturais Mestrado 17 de Dezembro de 2007
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Flora, Estuário, Manguezal L. racemosa, A. germinans e R. mangle C, Ca, N, K, Mg, Na, P São Francisco de Itabapoana
Tags Trabalho completo
| Bioesfera | Evapotranspiração | Interceptação | Bioma | Natural | Acessar
Resumo

No ecossistema de manguezal, a serapilheira é uma das principais fontes de nutrientes para as costas tropicais e sub-tropicais, sendo disponibilizada aos consumidores por meio da cadeia de detritos, principalmente, contribuindo para a fertilidade das águas estuarinas e costeiras. Neste estudo, a serrapilheira foi coletada através das cestas coletoras de 0,7 x 0,7 m (0,49 m2), forradas com tela de nylon de 1 mm. Os bosques monodominantes das espécies típicas de mangue foram identificados (L. racemosa, A. germinans e R. mangle) para alocação das cestas coletoras no manguezal do estuário do rio Paraíba do Sul. Em cada bosque foram instaladas 7 cestas coletores à 5 m de distância da margem do canal, totalizando 21 coletores de serapilheira. A serapilheira foi coletada quinzenalmente, por um período de um ano (janeiro a dezembro de 2005), totalizando 24 coletas. A determinação de macro e micronutrientes foi realizada no equipamento ICP-AES e a determinação da composição isotópica do C e N foram feitas em espectrômetro de massa ThermoQuest Finnigran Delta Plus acoplado a CHN Ceinstruments 1110. A concentração média anual dos macronutrientes na fração folhas de serapilheira seguiu a seguinte ordem para Laguncularia racemosa: C<Ca<N<K<Mg<Na<P; para Avicennia germinans: C<N<K=Na<Mg<Ca<P e para Rhizophora mangle: C<Ca<Na<N<Mg<K<P. O aporte de macronutrientes da serapilheira para o sedimento seguiu a seguinte ordem para L. racemosa: C<Ca<N<K<Mg<Na<P; para A. germinans C<N<K<Na<Mg<Ca<P e para R. mangle: C<Ca<Na<N<Mg<K<P. R. mangle apresentou maior aporte de macroelementos, porém sua taxa de decomposição verificada por Matos (2007) foi mais lenta comparada às demais espécies. A. germinans apresentou menor contribuição de macroelementos para o estuário, no entanto, esta espécie mostrou maior velocidade de decomposição. Dessa forma conclui-se que A. germinans tem contribuído mais na ciclagem dos macroelementos para o sedimento, comparada às demais espécies. Neste estudo, para os microelementos, com exceção do elemento Fe, a espécie A. germinans apresentou maiores concentrações quando comparadas às demais espécies. Devido à sua maior velocidade de decomposição, é possível sugerir que esta espécie tem grande contribuição para a ciclagem de microelementos no manguezal do estuário do rio Paraíba do Sul. Para o elemento ferro, L. racemosa apresentou maior concentração e aporte. Isto sugere um mecanismo de translocação ou de eliminação deste elemento via queda de folhas.

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