Guilda de Aculeata (Insecta, Hymenoptera) nidificantes em ninhos-armadilha em um gradiente altitdinal na Mata Atlântica, Rio de Janeiro

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Marcelita França Marques Maria Cristina Gaglianone UENF Ecologia e Recursos Naturais Mestrado 5 de Dezembro de 2011
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Fauna, Mata Atlântica Aculeata (Insecta, Hymenoptera) (Animal) NA Campos dos Goytacazes
Tags Trabalho completo
| Bioesfera | Infiltração | Evapotranspiração | Interceptação | Bioma | Natural | Acessar
Resumo

A descrição de padrões de distribuição espacial dos insetos é importante para o entendimento da estrutura das comunidades biológicas. Neste trabalho, a estrutura de guildas de abelhas e vespas que nidificam em ninhos-armadilha ao longo de um gradiente altitudinal foi caracterizada em um fragmento de floresta estacional semidecidual com afloramento rochoso, Morro do Itaoca (300 ha, altitude máxima de 414 m), Campos dos Goytacazes, RJ. Entre mar/2009 e abr/2010, foram instalados ninhos-armadilha em gomos de bambu e tubos de cartolina em nove estações de amostragem localizadas em três altitudes: 50 m (P1, P2, P3); 200 m (P4, P5, P6) e 400 m (P7, P8, P9). A comparação abiótica durante os meses de setembro e fevereiro incluiu dados de temperatura, umidade relativa do ar, velocidade do vento e cobertura do dossel nas altitudes amostradas. Abelhas dos gêneros Megachile (5 espécies), Epanthidium (1), Centris (3), Xylocopa (1), Eufriesea (1) e Euglossa (2) e vespas dos gêneros Trypoxylon (3), Auplopus (1), Pachodynerus (1), Zethus (1) e Monobia (1) ocuparam 726 ninhos-armadilha. Dentre os ninhos coletados, 223 foram fundados a 50 m (504 indivíduos emergentes), 338 ninhos a 200 m (758 emergentes) e 165 a 400 m (340 emergentes), sem diferenças significativas na abundância de ninhos e de emergentes entre as altitudes amostradas. A biodiversidade foi maior a 200 m (50 m: H’= 1,032; 200 m: H’= 1,399; 400 m: H’= 0,948), com diferença significativa entre 50m e 200m t= -2,98; p= 0,0029) e 200 m e 400 m (t= 3,43; p= 0,00065). A similaridade da comunidade estudada entre as três altitudes alcançou 70%, sendo maior do que 80% entre 50 m e 200 m. A análise das curvas de rarefação das riquezas estimadas evidenciou que houve diferença significativa nos gradientes de altitude. A família mais abundante de inimigos naturais (Ichneumonidae) parasitou 11, 25 e 13 ninhos nas altitudes de 50, 200 e 400 m, respectivamente. Os demais inimigos naturais pertenceram às famílias Megachilidae, Chrysididae, Meloidae, Bombyliidae, Sarcophagidae e a uma espécie da Ordem Lepidoptera, parasitando 25, 25 e 22 ninhos nas altitudes de 50, 200 e 400 m, respectivamente. O padrão de distribuição altitudinal analisado pela abundância de ninhos e de emergentes e pela diversidade da comunidade amostrada mostrou-se congruente com o padrão descrito como unimodal-parabólico, caracterizado pelos maiores valores dessas características na altitude intermediária.

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