Mercúrio em matrizes ambientais da bacia de drenagem do rio Imbé – Lagoa de Cima (RJ)

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Clara Ayme Ito de Lima Paulo Pedrosa Andrade UENF Ecologia e Recursos Naturais Mestrado 18 de Março de 2013
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Qualidade da água, Agricultura, Usos e coberturas da terra, Sedimentos, Serrapilheira NA Mercúrio Campos dos Goytacazes
Tags Trabalho completo
| Bioesfera | Hidrosfera | Litosfera | Escoamento superficial | Infiltração | Evapotranspiração | Interceptação | Rede hídrica | Solo | Bioma | Econômica | Natural | Acessar
Resumo

O transporte de mercúrio em uma bacia de drenagem para os corpos d´água reflete o conjunto das influencias e interações das características do solo, hidrológicas e da cobertura/uso da terra dessa bacia. Mudanças no uso do solo podem alterar as características do solo (pH, teor de matéria orgânica entre outros), exercendo influência nos suportes geoquímicos de mercúrio nesse compartimento. Além disso, outras matrizes como a serapilheira e o esterco de gado, importantes na ciclagem de nutrientes, também podem atuar como fontes de mercúrio para o ecossistema terrestre ou aquático. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo determinar as concentrações de mercúrio total em diferentes matrizes ambientais (serapilheira, esterco de gado, solo e sedimento), além de extratos aquosos produzidos a partir destes. Os solos foram coletados de acordo com os diferentes usos e coberturas da terra na Bacia de Drenagem do rio Imbé, totalizando 61 amostras, representando 8 paisagens que compunham a bacia estudada (pastagem, solos agrícolas, área marginal da Lagoa de Cima, mata nativa, canavial, plantio de eucalipto, área inundada e solo exposto). Amostras de sedimento foram coletadas no rio Imbé e na Lagoa, que também serviu para coleta de testemunho sedimentar. Para os solos, as concentrações de HgT variaram de 3,5 ng.g-1 a 210 ng.g-1 (solos de áreas marginais da Lagoa de Cima e agrícolas expostos, respectivamente). As concentrações de mercúrio total nos sedimentos apresentaram um padrão de variação crescente, do ambiente lótico para o lêntico (43,7 a 227,4 ng.g-1). Nas amostras biológicas, os valores médios de HgT em serapilheiras de mata e eucalipto (26,7 e 29,5 ng.g-1, respectivamente) foram maiores do que a encontrada em esterco de gado (6,6 ng.g-1). Os extratos aquosos, em sua maioria, estiveram abaixo do limite de detecção, com exceção das amostras de eucalipto (0,05 a 0,08 ng.mL-1). Os resultados gerados mostraram uma razoável variação de HgT na área de estudo, sugerindo importantes relações com as localizações e características das matrizes ambientais investigadas, sendo a presença de frações mais finas a principal característica que comanda a distribuição desse metal em solos. Esse diagnóstico exploratório permitiu estabelecer uma ampla referência para os níveis de mercúrio no sistema ambiental investigado.

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