Fracionamento geoquímico do bário em sedimentos superficiais da margem continental sudeste brasileira, Bacia de Campos, RJ

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Bianca Torres Liguori Pires Carlos Eduardo de Rezende UENF Ecologia e Recursos Naturais Mestrado 7 de Fevereiro de 2014
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Sedimentos, Manguezal NA Bário Campos dos Goytacazes
Tags Trabalho completo
| Hidrosfera | Litosfera | Escoamento superficial | Evapotranspiração | Rede hídrica | Solo | Natural | Acessar
Resumo

As concentrações de Baexcesso foram determinadas em sedimentos superficiais da Bacia de Campos, RJ através de três métodos distintos e comparados. O primeiro pela metodologia normativa, mais comumente utilizada, a segunda pela metodologia baseada em valores terrígenos obtido pelas concentrações totais de Ba e Al de rios da região de estudo, e a terceira determinada pela metodologia de extração sequencial. A comparação dos resultados obtidos mostra claramente que o valor de Ba/Aldet é a parte crucial da equação e que a utilização de razões pré-determinadas, mesmo as obtidas por valores terrígenos, pode introduzir erros ao cálculo. Em adição, os valores dessa razão nas áreas de Plataforma, Talude e Sopé foram diferentes estatisticamente sendo determinadas três médias distintas (Plataforma = 0,0108; Talude = 0,0029; e Sopé = 0,0025). Essas por sua vez foram diferentes daquelas obtidas na literatura para outras regiões e do valor pré-determinado da crosta. Portanto, em sedimentos com uma significante fração de material terrígeno, acima de 40%, a extração sequencial é realmente necessária. As concentrações médias de Baexcesso determinadas no presente estudo foram de 16 µg/g na Plataforma, 93 µg/g no Talude e 49 µg/g no Sopé. Os valores de Baexcesso quando comparados a outros estudos foram baixos nos indicando que a região de estudo apresenta baixa produtividade biológica. Foi possível correlacionar a barita ao Corg a partir de 1000m indicando que o Corg passa a ser significativamente importante na formação de barita, podendo esse ser relacionado à produtividade primária. Além disso, no nosso estudo o Baexcesso pode ser relacionado com a produtividade, uma vez que a principal fase entre as não-litogênicas é a barita. Em adição, através da extração sequencial podemos concluir que o Ba na Bacia de Campos ocorre principalmente como Ba associado a aluminossilicatos com médias de 96, 71 e 63% nas áreas de plataforma, talude e sopé, respectivamente. Entretanto, em maiores profundidades, há um gradiente positivo de concentração de barita, sendo esses valores médios de 0,1, 18 e 34% na região de plataforma, talude e sopé respectivamente. Esse padrão é devido ao menor aporte detrítico nos sedimentos de áreas profundas e ao transporte de barita produzida em áreas rasas de elevada energia para regiões de maior profundidade que propiciam a sua sedimentação. Nesta região mais profunda, observou-se a importância de Ba de origem autigênica e biogênica. Em adição não foi encontrado entre os pontos de amostragem nenhuma região de concentrações elevadas de barita ou mesmo Ba total o que poderia indicar uma fonte pontual com possível contaminação ambiental por exploração de petróleo ou anomalia geoquímica.

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