Composição e fluxo de matéria orgânica em um canal de maré no ecossistema de manguezal do estuário do rio Paraíba do Sul, costa norte do Estado do Rio de Janeiro

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Frederico Pinto de Brito Carlos Eduardo de Rezende UENF Ecologia e Recursos Naturais Mestrado 7 de Fevereiro de 2014
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Fauna, Flora, Manguezal NA NA São Francisco de Itabapoana
Tags Trabalho completo
| Bioesfera | Hidrosfera | Escoamento superficial | Evapotranspiração | Rede hídrica | Bioma | Natural | Acessar
Resumo

Os manguezais têm reconhecido papel no ciclo biogeoquímico da matéria orgânica, tendo importância fundamental nos serviços ambientais costeiros das regiões tropicais e subtropicais. No que tange a matéria orgânica, este ecossistema está entre os mais produtivos do planeta, onde a exportação de material é processada através de macro detritos, material particulado (fino e grosso) e dissolvido. O estudo foi desenvolvido em uma das regiões com maior área de mangue do estado do Rio de Janeiro e encontra-se diretamente associado a um importante sistema fluvial da região sudeste do Brasil, o rio Paraíba do Sul. O objetivo do presente estudo foi caracterizar e quantificar a MOP e MOD de um canal de maré no manguezal do estuário do rio Paraíba do Sul em três situações distintas, estação seca (marés de quadratura e sizígia) e estação chuvosa (maré de sizígia). De acordo com os dados da composição elementar e isotópica foi possível identificar o manguezal como a principal fonte da MOP e MOD para o canal de maré na estação seca, principalmente na maré de sizígia. Na estação chuvosa, a fonte predominante da MOP foi o manguezal. Em relação à fração dissolvida, a MOD fluvial se sobrepôs ao sinal isotópico da vegetação do manguezal na estação chuvosa. Na estação chuvosa e maré de sizígia a MOP foi predominantemente originada do manguezal, enquanto para a MOD houve um predomínio de origem fluvial. O canal de maré do manguezal do estuário do RPS investigado no presente estudo se comportou como exportador de MO em todas as amostragens. A magnitude de exportação do carbono orgânico através do canal de maré foi dependente do tipo de ciclo de maré (quadratura ou sizígia) e da estação do ano (seca ou chuvosa). Durante a estação seca houve maior exportação de materiais na maré de sizígia comparada à maré de quadratura, predominando a MO exportada de origem do manguezal. Sazonalmente, os maiores valores exportados de MO foram encontrados na estação chuvosa, com a maior quantidade de MO exportada de origem fluvial como reflexo do aumento no influxo da MO transportada pelo RPS. Com os resultados obtidos no presente estudo foi possível identificar a importância do manguezal na estação seca, principalmente na maré de sizígia, e maior influência do aporte fluvial durante a estação chuvosa na exportação de MO para a região estuarina e costeira adjacente.

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