Influência do arranjo espacial de módulos recifais artificiais na ictiofauna transiente na costa norte do Rio de Janeiro

Autor Orientador Instituição Programa Nível do Programa Data da defesa
Pedro Vianna Gatts Ilana Rosental Zalmon UENF Ecologia e Recursos Naturais Mestrado 1 de Abril de 2014
Descrição Livre Espécie Substância Química Localização
Fauna, Manguezal, Estruturas Artificiais Ictiofauna NA São Francisco de Itabapoana
Tags Trabalho completo
| Bioesfera | Hidrosfera | Escoamento superficial | Evapotranspiração | Rede hídrica | Bioma | Política | Social | Natural | Acessar
Resumo

Para investigar a influência do volume recifal (1, 2 e 3 m³) e o efeito da distância entre módulos em pequena escala (0,5, 5,0 e 15 m) na estrutura e composição da ictiofauna transiente, módulos de concreto do tipo reefball foram empregados a cerca de 9 m de profundidade na costa norte do Rio de Janeiro. As coletas da ictiofauna foram realizadas em dois períodos do ano (seco – setembro de 2009 e outubro de 2010; e chuvoso – abril de 2010 e 2011) empregando-se redes de espera para registro da composição, riqueza, diversidade, abundância, biomassa e comprimento da ictiofauna transiente. Considerando o tratamento volume recifal, os valores médios totais de riqueza e diversidade de espécies, abundância e biomassa não diferiram significativamente entre os volumes testados, mas quando analisados por unidade de volume padronizado (m³) registrou-se um decréscimo destes descritores de comunidade com o incremento do volume recifal. A análise canônica de coordenadas principais (CAP) revelou que a composição da assembleia de peixes transiente é marginalmente distinta (p = 0,06) entre os volumes de 2 e 3 m³. Em relação ao tratamento distância entre unidades modulares, os valores médios totais de riqueza, abundância, biomassa e diversidade das espécies não diferiram significativamente entre as distâncias recifais, mas quando analisados por unidade de área padronizada (m²) registrou-se um decréscimo destes descritores de comunidade com o incremento da distância entre módulos. A análise canônica de coordenadas principais (CAP) revelou que a composição de peixes transientes é mais similar entre as distâncias de 5 e 15 m. O método do escalonamento não métrico multidimensional (NMDS) revelou diferenças na composição da ictiofauna entre os períodos de coleta (seco versus chuvoso), com o predomínio de algumas espécies da família Sciaenidae (Stellifer rastrifer, Paralonchurus brasiliensis, Larimus breviceps e Cynoscion virescens) no período seco e Aspistor luniscutis (Ariidae) e Rhizoprionodon porosus (Carcharinidae) no período chuvoso. Os resultados sugerem que os incrementos de 1 para 3 m³ de volume e de 0,5 para 15 m de distância entre módulos podem resultar em pequenas alterações nos descritores de comunidade, mas podem levar à menores valores relativos de riqueza, diversidade e densidade por unidade padronizada de volume e área, respectivamente. Ainda, os efeitos sazonais da vazão do Rio Paraíba do Sul podem se sobrepor aos efeitos da configuração recifal. Em virtude dos menores volumes e distâncias terem apresentado valores superiores de riqueza e densidade, é sugerido que reefballs de 1m³ sejam utilizados de forma individualizada e dispersos a <5,0 m de distância entre si em programas de manejo visando principalmente o aumento da biomassa e diversidade íctica transiente local.

Voltar