Agrotóxicos em águas podem causar danos aos ambientes aquáticos ou àqueles que os consomem, como os seres humanos, ao qual têm sido correlacionadas com diversas doenças, como câncer, Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, diabetes, dentre outras. Dessa forma, há uma preocupação sobre a eficiência dos sistemas de tratamento de água em remover esses poluentes da água. Nesta perspectiva, o objetivo deste trabalho foi investigar se o tratamento convencional de água tem a capacidade de remover os agrotóxicos atrazina, ametrina, malation e clorpirifós e, aplicar processos oxidativos avançados com os sistemas H2O2, TiO2, H2O2/TiO2, Na2S2O8 e sem adição de oxidante em reator do tipo Coletor Parabólico Composto (CPC). Ao longo dos processos de tratamento, os agrotóxicos foram quantificados, os subprodutos identificados e avaliada a atividade da enzima aceticolinesterase. De acordo com os resultados, observou-se que o tratamento convencional após a filtração não foi capaz de remover com eficiência esses agrotóxicos, sendo os organofosforados (malation e clorpirifós) removidos em percentual superior ao das triazinas (atrazina e ametrina). Após a cloração foram reduzidos os níveis dos agrotóxicos, porém foram gerados os subprodutos que diminuíram a atividade da acetilcolinesterase, sendo o único detectado, o malaoxon. Os resultados da etapa com os Processos Oxidativos Avançados indicam que os sistemas utilizando H2O2, TiO2 e sem oxidante foram os menos eficientes na degradação dos compostos e que, possuem como mecanismo principal a hidrólise e a fotólise. A atividade da acetilcolineserase para estes sistemas também foram semelhantes, onde após a etapa de cloração houve um aumento na inibição desta enzima, indicando a formação de produtos mais tóxicos. Comparando os sistemas com H2O2/TiO2 e Na2S2O8 observa-se que o meio com persulfato foi o mais eficiente em termos de degradação dos compostos alvo, degradando 100% dos compostos em 45 minutos de teste. Todavia, estes dois sistemas não alteraram de forma significativa a atividade da enzima acetilcolinesterase após a etapa de cloração, o que demonstra a produção de uma água menos tóxica ao final do processo. Com base nos estudos realizados nesta pesquisa, conclui-se que, o sistema de tratamento convencional é ineficaz em remover os agrotóxicos atrazina, ametrina, malation e clorpirifós ao final do processo. (Tem continuação) |